sábado, 24 de setembro de 2011

Servidor Público afirma que David Gilmour mora no Amapá.




David Gilmour, o guitarrista e vocalista do Pink Floyd



Um antigo amigo de um grupo de pessoas que costumava frequentar a Kombi do Biro que, nos bons tempos era facilmente localizada na frente dos quiosques da beira rio, chocou a todos que assistiam o DVD do Pink Floyd naquele mesmo recinto, quando afirmou que o David Gilmour tem um terreno e mora aqui no Estado do Amapá.

Alguns cairam no chão, outros lagrimaram com câimbra no rosto e fortes dores na barriga de tanto dar risada com a tal afirmação, mas depois todos foram se recompondo, sentando e enchendo seus copos descartáveis de vinho para ouvir a origem dessa noticia, aparentemente, sem pé, nem cabeça, nem braço nem nada que faça o menor sentido.

O Servidor Público depois de ver a reação (exagerada, segundo ele) de todos em volta, preferiu não se identificar para não machucar o seu punho com os dentes daqueles que ousassem chama-lo de doido.

Depois de respirar fundo várias vezes e tomar algumas doses de vinho Don Bosco, o Servidor disse que não iria revelar a localização exata do terreno onde Gilmour reside, pois temia que uma romaria de fãs psicodélicos embriagados que abraçam árvores fosse formada na direção do local, mas deu uma dica: "Fica lá pras bandas do Mazagão", falou pontando para o sul.




Division Bell, o último álbum do Pink Floyd. A foto da capa teria sido tirada nas proximidades de um sítio arqueológico no Mazagão Velho.



Em seguida, todos em volta faziam perguntas ao mesmo tempo deixando o ambiente carregado com uma curiosidade exaltada. Porque Gilmour teria escolhido Mazagão? Como ele teria chegado? Ele sabe falar português? Já teria ele algum herdeiro Anglo-Mazaguense com uma nativa da região? Estaria ele misturando o felling da sua melodia pinkfloydiana com a pegada ritmada dos tambores de marabaixo?

A Calmaria só se estabeleceu depois que o Servidor Público se levantou enfurecido, xingando todos com um sotaque nordestino arretado da muléstia, apontou o dedo na cara dos próprios amigos, disse que tava pouco se fudendo pro Pink Floyd, que a banda era somente mais um tijolo isolado no muro quebrado do rock, chamou o David Gilmour de "Zé Cu", disse que Roger Waters é uma fraude e finalmente revelou que achava a curta carreira de Chico Science muito mais significativa.

Em seguida, os amigos do Servidor ficaram intimidados e então viraram os seus copos em silêncio dando um fatality definitivo na garrafa de vinho Don Bosco e partiram as para suas casas de boa, deixando o revoltado Servidor gritando sozinho palavras de baixo calão para a brisa do rio Amazônas.

Hoje poucos se lembram daquela noite, alguns deixaram essa história pra lá e preferem não tocar no assunto, com medo de despertar a ira do amigo e perder essa valiosa amizade pra uma besteira qualquer sobre um artista de uma banda que nem existe mais.


A Boca do Inferno

4 comentários:

  1. Que brincalhão, seja lá quem for que escreve nesse blog!

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  2. Muito boa..." Zé Cu"... Rachei o bucho kkkkkkk

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  3. Sendo verdade ou não, a história foi muito boa hiaeguyageauyge
    viva Gilmour, viva Chico Science

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