terça-feira, 20 de setembro de 2011

Bancário melancólico apresenta a todos seu desejo de ser prefeito de Ferreira Gomes.




Uma notícia surpreendeu um pequeno grupo de amigos que, vira e mexe, estão se reunindo com o objetivo comum de alterar a consciência fazendo com que as besteiras da vida fiquem mais sucintas a risadas fáceis e satisfatórias, ou seja, beber pra falar e ouvir merda!

Entre alguns goles, viradas de copo e encarnações com o sempre divertido time do Vasco da Gama (que agora é líder do brasileirão, ou seja, uma piada ainda em desenvolvimento), um amigo muito querido dos assíduos freqüentadores de um bar de esquina da nossa capital, revelou que está cansado da vida urbana e não agüenta mais o corre-corre da MAIOR cidade do Estado do Amapá.

O bancário Clay Monkey Boy parece está passando por uma fase nostálgica. Ele anda por aí desolado, soltando suas lamúrias aos quatro ventos dizendo sempre: “O bom era naquele tempo em que não existiam esses engarrafamentos de centenas de metros que já são rotina na marginal do Jandiá.”

Amigos do bancário revelaram que as lágrimas que hoje são vistas nos olhos de Clay, não são mais fruto de um bocejo de uma manhã dominical preguiçosa ao som de Sinatra, e nem das risadas incontroláveis das piadas do saudoso Costinha. A saudade que aperta o seu peito tem raízes nas lembranças de uma época perdida, onde não era preciso de correntes para sua bicicleta BMX e muito menos cerca elétrica no topo dos muros.

Segundo Clay, a cidade que antes era conhecida como “A Cidade Jóia da Amazônia”, agora se encontra em um ciclo vicioso de corrupção e sujeira pra todo lado. Muito parecido com o que aconteceu com a cidade natal de Bruce Wayne. A paz e tranqüilidade de outrora se foram junto com o velho hábito de tomar uma boa Malt 90 no Xodó, de fazer compras no Bronzuique, de experimentar frutas na Romana e de se acabar dançando no Baby Doll com a sua antiga namorada da suerda.

Em recentes e assíduas visitas à distante cidadezinha de Ferreira Gomes, o bancário se sentiu renovado. Disse que ficou maravilhado em ver as pessoas sentadas na frente das suas casas na cadeira de balanço de macarrão vendo a vida passar devagar, e disse mais: “as pessoas aqui ainda pedem açúcar na xícara pro vizinho, eu quero morar aqui!” Revelou o melancólico agente financeiro que depois de saber, de fontes seguras, que existem multinacionais interrompendo o fluxo do rio Araguari para extrair energia com o objetivo de abastecer as máquinas do exercito americano na futura guerra da Venezuela e ao cerco da família Chavez, disse em voz alta: “Porra! Logo no vilarejo onde eu gosto de pescar e ouvir o barulho dos bichos da floresta? Não posso deixar que isso aconteça. Eu vou ser Prefeito dessa cidade!” Exclamou o revoltado bancário.

Seus amigos mais próximos se mostram preocupados com as últimas declarações do bancário que dificilmente é encontrado na capital nos finais de semana. Segundo o amigo de longa data Glenn G. Quagmire, ele têm insistido em difamar todo esse crescimento tecnológico de internet, vídeo cassete e os carro loko.

“Ontem, quando passava pelo Km 9, ele esbravejou contra a verticalização da cidade de Macapá e disse que esses prédios não resistiriam a um leve tremor de 0.1 na escala Richter”, lamentou o assustado Glenn.

Daddy Papi Guilty, outro chegado que fez questão de manifestar sua crescente aflição, contou que o amigo, no ápice da sua embriaguez, contestou até a Evolução das Espécies de Charles Darwin e amaldiçoou os macacos que desceram das arvores e ficaram de pés na savana africana, segundo Clay, não se podem chamar isso de evolução.



Mesmo depois de turbulências entre os amigos, todos se mostraram a favor de ajudar na campanha de Clay, garantiram seus votos desde já e dedicam um clássico dos anos 80 ao nobre e velho amigo.


Direto do tempo que a música era de verdade.



A Boca do Inferno


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